==== CORNÉLIO PROCÓPIO ====
KM 125 DA FERROVIA SÃO PAULO - PARANÁ
Uma pergunta pode povoar a mente dos menos avisados a respeito do primeiro nome da cidade de Cornélio Procópio – Km 125: "Mas que Km 125 afinal de contas"? ... Da ferrovia podemos responder com toda a segurança!
A cidade de Cornélio Procópio surgiu e desenvolveu-se as margens da Ferrovia São Paulo/Paraná Ferrovia esta também detentora de interessante história que se confunde ou funde-se com a própria história do Norte do Paraná.
Projetada e iniciada nos anos de 1920, a "Ferrovia São Paulo/Paraná", fazia parte de um projeto de capitalistas de São Paulo, visando um objetivo maior de atrair para aquele Estado toda a produção de café que já se iniciava no Norte do Paraná, e também toda produção agrícola que porventura surgisse na região.
A ferrovia não se limitaria apenas ao Norte do Paraná, uma vez que cortaria todo o Estado de forma diagonal até Guaíra, as margens do Rio Paraná. Vale salientar que seu início é na cidade de Ourinhos (SP), como um ramal da ferrovia denominada Sorocabana. De acordo com os projetos e idéias originais, de Guaíra a ferrovia se prolongaria até Assunção, capital do Paraguai. Era como dissemos um projeto grandioso, e também caro e dispendioso. Vencer o sertão não era o principal problema, mas sim convencer investidores e angariar capitais.
Para a construção da ferrovia, havia necessidade de autorização ou concessão do Governo Federal, fator que não era problema, pois o mesmo era influenciado por São Paulo e Minas Gerais, dentro daquilo que se convencionou chamar "política do café com leite".
Quem obteve a concessão foi o grupo econômico liderado por Antônio Barbosa Ferraz, que fez construir o primeiro trecho da ferrovia ligando Ourinhos a Cambará, até uma importante fazenda do grupo. Devido a falta de capitais a construção ficou estacionada nessa localidade por um bom tempo.
A solução para a construção viria através da venda das ações da ferrovia para empresários ingleses, atraídos pela fertilidade e disponibilidades das terras no Norte do Paraná. Diga-se de passagem a possibilidade de bons lucros foi o melhor argumento.
Prof. Me. Roberto Bondarik - bondarik@utfpr.edu.br
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