domingo, 16 de novembro de 2014

Ponte São João.


A Ferrovia é uma POESIA!


Obra de arte da engenharia brasileira do Século XIX integra o conjunto de viadutos da ferrovia Paranaguá-Curitiba. A ponte foi projetada no Brasil e construída com aço importado da Bélgica, sendo transportada em pedaços e montada no local pelos trabalhadores da obra.
Possui 112 metros de extensão, divididos em 4 vão, o maior com 70 metros, sendo a ponte mais longa da ferrovia e também a mais alta pois seu vão central está a 55 metros de altura em relação ao fundo da grota do Rio São João.

ALGUMAS NOTAS SOBRE A ESTRADA DE FERRO PARANAGUÁ A CURITYBA:

Encontram-se neste álbum vistas da Ponte São João principal  obra de arte da via ferrea de Curityba a Paranaguá, cujo primeiro trecho, de Paranaguá a Morretes, foi inaugurado em 17 de novembro de 1883.
Entre Morretes e Roça Nova a linha vence a Serra do Mar com 14 túneis e rampa máxima de 3%.
Este trecho constitui o maior attestado da capacidade e arrojo da engenharia brasileira.  A inauguração da linha entre Morretes e Curityba deu-se em 05 de fevereiro de 1885 com a presença do S.M. o Imperador D.Pedro II e S.A a Princesa D Isabel.


...A escolha é nossa... É minha...


Ser cerca... Ou estar sozinha?

Ou ponte... E ter sempre a fronte...

Companhia... Sincero sentimento...

Que à nossa vida...

Só trará acalento.



Sejamos ponte na comunidade...

Ponte em nossa família...

Ponte da fraternidade...

Semeando amor em grande quantia.



Sejamos PONTE...

Derrubemos CERCAS...

Seremos de companheirismo uma fonte...

Para que muita alma não se perca.


Autora: MARILENE MEES PRETTI


Minucias technicas - A Ponte São João tem o comprimento de 110 metros, medindo os vãos da mesma, 12, 16, 70 e 12 metros, respectivamente. 

Vista apanhada de cima do tunel n. 6, estando no meio a Ponte São João.

Photographia tirada do morro do tunel n. 5, destacando-se a "Ponte São João" e diversos trechos da linha.

A Ponte São João tem o comprimento de 110 metros e 55 metros de altura em relação ao fundo da grota do Rio São João.

A entrada da ponte na descida.

A ponte, vista de flanco.

Ponte de São João, Klm. 62,380. Aspecto da Ponte São João, considerado obra prima da sciencia e arte.

Ainda a Ponte São João. - Temeraria concepção technica na ancia humana de vencer abysmos.

Ponte de São João, Klm. 62,380. Outro aspecto da Ponte São João, considerado obra prima da sciencia e arte.

Outra vista da Ponte de São João. - Fim desse formidavel traço de união entre montanhas.

A Ponte de São João, sob o illusorio aspecto de pouca altura, quando está é de 58 metros.

Um trem na Ponte de São João, sobre a qual transitam trens de carga com o pezo de 404,900 kls.

Sobre a ponte, um trem de passageiro, com segurança absoluta, transpõe abysmos.

Vista geral da ponte.

As informações e escritas de cada foto é igual o encontrado no álbum: A ESTRADA DE FERRO CURITIBA-PARANAGUÁ NAS FOTOS DE ARTHUR WISCHRAL de (1929).

Fonte: http://paulodafigaro.blogspot.com.br/


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Ferrovia é uma POESIA!


A Ferrovia é uma POESIA! BORDÃO do Mestre, Professor e Inspetor Celso Simões!

Trem de minério da MRS em Jeceaba - MG. Foto by Luiz H. Bassetti


O maior trem do mundo 

Carlos Drummond de Andrade 

(nascido em Itabira, MG - 1902-1987)




O maior trem do mundo 
Leva minha terra
Para a Alemanha
Leva minha terra 
Para o Canadá 
Leva minha terra 
Para o Japão

O maior trem do mundo
Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel 
Engatadas geminadas desembestadas 
Leva meu tempo, minha infância, minha vida
Triturada em 163 vagões de minério e destruição 
O maior trem do mundo 
Transporta a coisa mínima do mundo 
Meu coração itabirano 

Lá vai o trem maior do mundo 
Vai serpenteando, vai sumindo 
E um dia, eu sei não voltará 
Pois nem terra nem coração existem mais. 


Publicado em 1984 – Jornal “O Cometa Itabirano”

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

20 de outubro dia do Maquinista!!!

A ferrovia é uma poesia, por isso o dia do Maquinista é no mesmo dia do Poeta!!!

Parabéns a todos os meus companheiros de profissão, seja MRS, ABPF, ALL, VL!, CPTM, VALE, FTC, ECT...!!!! 
Orgulho de levar nas costas uma boa parte da economia desse país....


Hoje é dia de Homens e Mulheres de Ferro!
É dia de Maquinista Ferroviário.
Desejo à todos nós, Saúde, força, coragem, prosperidade, vida longa e muito amor pelo que é ser maquinista ferroviário.

Quem é, sempre será... é amor que contagia, é noites sem dormir, é fim de semana que se quer ter e nem sempre é possível, é vida que corre nas veias, misturado com minério e carga geral... é amor além das montanhas e ao nível do mar, é das meninas guerreiras e corajosas que resolveram mostrar que elas também podem ser, e brilhantemente têm mostrado isso.
Nas grandes composições, pequenas meninas e grandes maquinistas.
É bem bom. Para quem acha que é fácil...se achegue... venha ver!
Abraço à todos, de todas as épocas... do Vapor às de Grandes Tecnologias...
Grandes foram meus mestres nesta arte de conduzir pequenos e gigantescos trens de ferro.

Texto colado do Mestre Marcus Cordeiro e Maquinista Márcio Chagas




terça-feira, 22 de julho de 2014

A HISTÓRIA DAS FERROVIAS ATRAVÉS DOS SELOS!

Publicação comemorativa dos 21 anos (1957 - 1978) da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), em convênio com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

É praticamente um catálogo com legendas indicativos de cada selo — do Brasil e do mundo — com um pequeno texto sobre a história das ferrovias, locomotivas, metrôs etc., em cada uma das 19 páginas dedicadas ao assunto.

 Verdadeira raridade, 10 anos mais tarde o próprio autor acabou ficando sem um exemplar. Por: Benício Guimarães, ECT/RFFSA em  1978
Pena que a Capa não consegui escanear porque estava muito suja!!!









































segunda-feira, 23 de junho de 2014

HQ Nos Trilhos Da GUERRA DO CONTESTADO.

Assassinaram Zé Maria:

O povo se revoltou...

Maria Rosa surgiu:

O movimento liderou...

Manifesto Monarquista:

A Guerra Santa ecoou...               (Fragmentos do Cordel do Contestado de Poeta Paulo Gustavo)







quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ordem e desordem da DITADURA nos trilhos do Brasil.

Aproveitando o momento histórico das discussões que envolvem os 50 anos do Golpe Militar no Brasil, segue postagem especial para as pessoas que sentem saudades do regime militar:
Abraço Maquinista Clodoaldo

O senso comum joga pedras e mais pedras na memória de Juscelino Kubitschek quando se fala de transporte ferroviário.
Desconfio - poderia até afirmar - que muito dessa culpabilização se deva a um esforço dos governos militares de mancharem o nome do ex-presidente. 
Uma investigação breve já é suficiente para se fazer repensar sobre o caso. Os primeiros relatórios da Rede Ferroviária Federal S.A., empresa estatal de economia mista criada durante o governo de Juscelino em 1957, com a razão de unificar administrativamente as estradas de ferro pertencentes à União - falidas, encampadas, devolvidas, de concessões vencidas etc - demonstram que essa empreitada tinha como meta modernizar as ferrovias existentes e, subsequentemente, ampliá-las. Parte desses planos chegaram a ser colocados em execução entre o fim do governo Juscelino e início do governo Jango. 


Movimento no pátio da estação de São João del-Rei.Foto de Herbert Graf.


Erradicações até entravam na pauta, mas de maneira a serem compensadas por novas ligações e interatividade com outros modais (rodovias e hidrovias), para tanto eram realizados levantamentos e estudos.

No entanto, após o golpe de 1964, os planos foram convertidos, e o que teria a razão e justificativa de modernizar e ampliar foi transformado em alvará de desmanche. Os planos de abandono, erradicação e dilapidação da malha ferroviária brasileira tem seus dias mais violentos entre 1964 e 1984, sendo o seu resultado mais violento o Plano Nacional de Desestatização, de 1992 (governo Collor) e o tiro de misericórdia os leilões de privatização de 1996 (governo FHC).


Trem Vera Cruz Foto de   Flávio Francesconi Lage em 1980 Belo Horizonte - MG.

A historiadora Dilma Andrade de Paula não me deixa mentir, segundo ela:

"ao tratar da tecno-burocracia engendrada durante o Regime Militar, analiso, em particular a atuação de Mário Andreazza, o primeiro a ocupar o cargo de Ministro da pasta dos transportes, criada em 1967. A atuação de Andreazza respondia, em primeiro lugar, à consolidação do padrão rodoviário automobilístico. Para isso, havia um estreito relacionamento com os setores privados da construção e do empresariado nacional. E, no campo da legitimação dos programas implantados, havia a constante divulgação das realizações de obras "públicas" nos diversos meios de comunicação."


São João del-Rei, 1983, ferrovia desativada. Foto de Mário Arruda. Acervo de Janaina Arruda.
A ditadura militar matou e destruiu o que pôde, por interesses de poucos. E ainda conseguiu colocar a responsabilidade de muitas de suas ações na conta de outros.

Por Compa Luiz Welber 

http://trilhosdooeste.blogspot.com.br

sábado, 15 de fevereiro de 2014

EFA História para contar aos netos!!!

“Costumava roçar mato numa fazenda de Cosmorama, ali perto da linha, lá pelos anos 1950 e 1960. O trem era o nosso relógio. A estação ficava fora da cidade - ainda fica - eu me lembro que o local tinha uma estaçãozinha e duas casinhas de turma" (Gonçalo, motorista de táxi em São Paulo, nov/99). 



Trem da EFA (1960)

“Na paisagem, só vacas malhadas em preto e branco...”, dizia à cartinha que eu enviava para a prima de Cosmorama, quando as férias chegavam ao fim e de volta em casa a saudade batia. Essa paisagem que restou na lembrança permeava pelas onze horas de viagem no trem da antiga EFA, a Estrada de Ferro Araraquara. Esperava ansiosamente as férias para poder andar nesse trem. Partíamos bem cedinho da Estação da Luz.


 Os bancos giravam e podiam ficar um de frente para o outro e essa era a primeira providência que meu pai tomava então a família podia ficar em convescote durante a viagem toda. Eram bancos enormes que davam até para deitar e dormir. Mas ficar sentada só mesmo quando a canseira batia ou não fazia alguma amizade no banco ao lado. A ordem era perambular por todos os vagões e curtir o lugar mais emocionante de se ficar: a junção entre dois vagões. Ligados por uma “sanfona” flexível fazia o balanço ficar mais intenso, desafiante. Dalí, se podia sentir o vento no rosto e ouvir o paque-páque-pá ritmado nos trilhos, sentir na pele a onda verde do mato ao longo e ao longe, assustar-se na escuridão dentro do túnel. Quesitos fundamentais. 


As vacas e cavalos e os grandes montes de cupim, feito lego, ou quebra-cabeças, eram brinquedos sempre iguais, e sempre diferentes. Incansável olhar o tabuleiro de capim e árvores e açudes. Na hora do almoço, o restaurante! Mágico sentar ali e almoçar olhando pela janela. A comida tinha sabor especial. Fome de novidades. O tempo não para. O tempo parou! As estações ferroviárias, arquiteturas que parecem cenário de filme, me faziam pensar que pessoas não cabiam ali, sempre com seus tijolinhos e telhas luzindo vermelhas, e as plaquinhas com o nome do lugar, lembravam casinhas de bonecas. Crianças gritando e acenando das casas à beira dos trilhos riam e tudo era alegre. Ficava feliz. O trem apitava nalguma curva e o carrinho de refrigerantes e gibis, passava na hora do lanche com aquele seu vendedor uniformizado tão imponente. 


Enfim, chegando à estação da cidade de Cosmorama, onde meus avós viveram e criaram seus dez filhos, a charrete já estava a postos para nos levar até a cidade, percorrendo ainda três quilômetros de terras e cheiros indescritíveis. Essa história é perfeita para eu contar aos meus netos [que venham!] e compete perfeitamente com qualquer conto de fadas. (Ada 19/6/2012) 

Em 1986, a estação já estava abandonada. A estação, ainda longe do centro, fica do outro lado da rodovia Euclides da Cunha. Está em 2009 habitada por uma família que a conserva.

CURIOSIDADES:

HISTORICO DA LINHA: A Estrada de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido o primeiro trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas financeiros, a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente em 1933, depois de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada até Mirassol, e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando a Presidente Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná. Em 1955, completou-se a ampliação da bitola do tronco para 1,60m, totalmente pronta no início dos anos 60. Em 1971 a empresa foi englobada pela Fepasa. Trens de passageiros, nos últimos anos somente até São José do Rio Preto, circularam até março de 2001, quando foram suprimidos. A estação de Cosmorama", segundo a Folha da Manhã, 24/9/1941 seria aberta em 1943 e há quase três quilômetros a sudoeste da sede do então distrito. Durante a guerra, em 1943, a EFA continuava a avançar sua linha, então ainda métrica: "Tiveram prosseguimento os serviços de prolongamento até Porto Presidente Vargas. A ponta dos trilhos, a 31 de dezembro (de 1943), alcançava Mirassol. 

Por:  (Ada 19/6/2012)
http://coisasdeada.blogspot.com.br/

(Fontes: Antonio Ravagnani; Rodrigo Cabredo; Gonçalo -; Hermes Y. Hinuy; Rafael Correa; IOESP: A Vida Administrativa de São Paulo em 1943, Fernando Costa, 1944; Fepasa: Relatório de Instalações Fixas, 1986; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960.