HISTÓRICO DA ESTAÇÃO DE ARAUCÁRIA.
A estação de Araucária foi aberta em 1891, com a linha que ligava Curitiba à estação de Serrinha. Primeiro existia uma de madeira, incendiada em 1962 e aí substituída por uma de alvenaria, demolida em 1978. "Em 1962 concluiu-se a nova estação e casa do agente em alvenaria em Araucária*." (*Relatório da RVPSC para 1962) Foi desativada com o fim do trem de passageiros para Curitiba, em 1977. Chegou a atender trens de subúrbio no trecho Curitiba-Passaúna dos anos 1950 até o ano de 1977. Nesse ano, a linha foi substituída pelavariante Pinhais-Engenheiro Bley, passando bem mais ao sul deCuritiba, e acabou tendo os trilhos retirados no início dos anos 1990. Nessa variante, uma estação com o mesmo nome foi aberta,Araucária-nova. A estação de Araucária ficava junto a um trevo da avenida que tem em seu centro hoje em dia um monumento apelidado de "Parafuso". Uma praça ao lado desse monumento era onde estava a estação. Nada restou. No leito da antiga linha, uma avenida. "O bairro Estação teve seu nome originado na localização da estação ferroviária de Araucária, que ali ficava. Meu bisavô Antoni Zagesky emigrou do Império Austrohúngaro para o Brasil iniciando suas atividades profissionais então E. F. São Paulo-Rio Grande como mestre de linha. Ele se aposentou em 1935 com 33 anos de serviço. Meu tio-avô Teophilo Zagesky era telegrafista, meu avô Pedro Zageski era carpinteiro, o irmão de minha avó pelo lado paterno era guarda-chaves e a sua casa era na margem do leito da estrada de ferro; ela ainda existe. Eu moro nas margens da PR423, rodovia que liga Araucária ao vizinho município de Campo Largo, a aproximadamente 400 m de onde era a estação. Aliás, a PR-423 está sobre o leito da extinta ferrovia. Fui testemunha ocular da demolição da Estação e da retirada dos trilhos. Eu ia a pé para a escola e passava em frente à casa do chefe da estação. Por muito tempo vi passar ao lado de minha casa comboios de vagões carregando gado e também tanques militares do batalhão do Exército vindos de Ponta Grossa e do norte do Paraná, além dos trens de subúrbio, que eram composições mistas de carga e passageiros que na época era nosso único meio de transporte até a capital. A primeira estação de Araucária era de madeira e foi destruída por um incêndio, e de acordo pelo que minha mãe, que o presenciou, conta, ela ouviu os estalos das telhas e foi ver o que estava acontecendo ao cair da tarde, em outubro de 1961. A estação era conjugada à casa do chefe da estação, Sr. Ladir, que tinha três filhos, um pequeno de berço, um mais velho e outro de idade intermediária, e a versão corrente da história foi que sua esposa ao sair para Curitiba teria deixado acesa uma vela. Esta causou o incêndio, queimando primeiro a cortina e aí se alastrando. As crianças estavam em casa e, ao verem o principio de incêndio, o filho mais velho tirou o irmão do berço e orientou o seu mais novo para sair pelo portão dos fundos, enquanto o chefe da estação, afoito para tentar salvar os filhos, não percebeu que eles haviam se abrigado na casa dos vizinhos, os Jacomel; ele entrou na casa em chamas e a parede lateral desabou sobre ele tirando-lhe a vida. Mais tarde foi construído um novo prédio para a estação, agora de alvenaria; esta foi a que foi demolida por volta de 1978. O relatório da Polícia Técnica, transcrito no relatório da RVPSC de 1962, entretanto, concluiu que a real causa do incêndio foi um curto-circuito."
Por: Paulo Sérgio Zageski, Araucária, PR
HISTÓRICO DA ESTAÇÃO NOVA DE ARAUCÁRIA.
A estação de Araucária-nova foi aberta em 1977, com a variante que interligava as estações de Curitiba-nova e Engenheiro Bley, passando bem mais ao sul da cidade deCuritiba e depois, a partir da cidade de Araucária, acompanhando não muito de longe a linha original de 1891. A estação de Araucáriaoriginal foi suprimida e, na variante, construída a cerca de um quilômetro ao norte da linha velha naquele ponto, foi erigida sua versão nova, que, na verdade, é um escritório do pátio de cruzamento e manobras: esse pátio nunca serviu a trens de passageiros.
Por: Ralph M; Giesbrecht, e Ricardo Melo Araújo, Ricardo Pinto da Rocha - ABPF-Paraná
Nao conheci a estaçao,mas a linha ferrea passava pela Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais,local onde morei dos 3 aos 9 anos.Minha casa ficava a 100 metros dela.Mais uma vez,parabens por resgatar a história das nossas ferrovias.
ResponderExcluirVocê consegue alguma foto dessa estação na Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais?
ExcluirMorei nesse bairro na minha infância,nas casas do Sr.Romao Wachowicz.lembro perfeitamente dessa arquitetura saudosista da igrejinha onde íamos eu meus irmãos aos domingos à missa.Dos vagões do tem do armazém Wasseko.Da casa do ilustre professor Zawadski..enfim saudades..
ResponderExcluirMuito interessante essas histórias, curiosidades
ResponderExcluir