sábado, 11 de junho de 2011

“Desnacionalização das ferrovias não interessa ao país”

“Desnacionalização das ferrovias não interessa ao país”, diz economista 
A desnacionalização do setor ferroviário, que vem ocorrendo desde o início do processo de privatização, não atende aos interesses do país, afirma a economista e analista de conjuntura econômica no Laboratório de Políticas Pública da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ceci Juruá.
Na avaliação da economista, o modelo atual foi mal estruturado e mal aplicado, elaborado por consultoras internacionais e apresentado quase como fato consumado.
“Desde o início do processo de privatização, colocou-se um viés a favor da desnacionalização dos nossos ativos ferroviários. Por isto, enquanto não foi colocado qualquer limite à participação de pessoas jurídicas estrangeiras, a participação de entidades da Administração Pública ficou limitada ao máximo de 20% do capital da concessionária”, explica.
A economista afirma que é necessária atenção especial a alguns pontos, como a participação de especuladores e fundos financeiros, principalmente aqueles sediados em paraísos fiscais, nos blocos de controle. “A gestão de ferrovias não pode ser entregue a especuladores”. Outro ponto é “a desnacionalização do controle da malha ferroviária, por isso, para a participação estrangeira, o limite máximo que se pode suportar é de 25% no bloco controlador, ou até menos. E o terceiro é que Governo Federal e governos estaduais interessados deveriam ter tido acesso a um número mínimo de ações, digamos 10%, com poder de veto sobre questões estratégicas, como a desativação parcial dos trilhos que vem sendo praticada pela ALL (América Latina Logística)”. 
Juruá afirma ainda que essa é uma situação intrigante, “tendo em vista a experiência histórica que registra vários prejuízos provocados pelo controle estrangeiro sobre a malha ferroviária, prejuízos às finanças públicas, à organização racional do sistema de transportes e aos produtores nacionais”.
Por: Ceci Juruá.








Um comentário:

  1. Sou a favor da privatizaçao em certos setores onde o governo se mostra ineficaz.No caso das ferrovias sou contra,é um certo estratégico para a nossa soberania.Glaucio

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