segunda-feira, 12 de março de 2012

Ferrovias ####Ferrosul#### já!

Durante o Segundo Reinado, período onde o Brasil foi governado pelo imperador Dom Pedro II, a economia brasileira cresceu inacreditavelmente! Isso se justifica pelo aumento da exportação do café, um fruto que, no século XIX, era muito caro e apreciado. Os fazendeiros descobriram uma região onde os sementes encontravam um bom solo: o Vale do Paraíba, situado entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O cultivo se estendeu por terras do norte do Paraná, do sul de Minas Gerais e do oeste de São Paulo. Foi o capital trazido ao país pela vende de café que estimularam a economia da região Sudeste, hoje, a mais rica do país.
Construiu-se ferrovias, a fim de ligar as fazendas de café aos portos do litoral, de onde o produto era mandado para os países consumidores, como Estados Unidos, França e Reino Unido. As estradas de ferro tinham sido peça essencial para a Revolução Industrial britânica, pois os ingleses podiam escoar a produção e transportar matérias-primas.
Ao que o sistema rodoviário se expandiu, as ferroviárias passaram a ser consideradas antiquadas e ultrapassadas. A malha ferroviária brasileira diminuiu: em 1944 existiam 35 mil quilômetros de linhas ferroviárias, em contrapartida, hoje temos apenas 28 mil quilômetros, sendo  grande parte desta malha   subutilizada. Apresentamos os números da vergonha: 9 mil km sem uso e em outros 10 mil km só passa um trem por dia.  Enquanto aqui o número caiu, na Europa, o sistema ferroviário se expandiu, tendo, hoje em dia, trens de alta velocidade e elétricos.

Traçado da ####Ferrosul#### Entre Panorama-SP/Rio Grande-RS

Se formos pensar, o sistema ferroviário é melhor que o rodoviário. Os trens de carga, por exemplo, podem transportar mais produtos que centenas de caminhões, assim como os de transporte de pessoas, têm capacidade de transportar mais cabeças que muitos carros e ônibus, juntos. Poderíamos economizar milhares de quilos de gasolina, usados nos automóveis que circulam pelas nossas estradas. Seria uma alternativa mais ecológica para o transporte.
As ferrovias também gerariam empregos, afinal, precisaria de muito pessoal para controlaram as linhas ferroviárias. Sem trânsito, o sistema ferroviário seria mais econômico e eficiente, uma vez que as cargas chegariam mais rapidamente aos seus destinos, e diminuiria o número de acidentes, uma vez que um enorme número de mortes acontece nas rodovias. 
Já estamos cientes do que acontecerá com o mundo se não começarmos a adotar agendas sustentáveis. Podemos começar a incentivar a construção de redes ferroviárias, que, como já vimos, são mais econômicas,  ecológicas e seguras, além de movimentarem a economia e gerarem mais empregos.

Um comentário:

  1. O desvio do Brasil dos trilhos aconteceu em algum momento nefasto entre o regime d excessão e o suposto retorno ao estado d direito, quando alguns líderes retomaram seus projetos pessoais d poder e riqueza. O oligopólio rodoviário retomou fôlego no falso ufanismo e reativou antigas alianças público-privadas ilícitas e se aproveitou da má gestão das ferrovias e metrôs país afora. Tivemos toda uma geração d novos cidadãos q desconhecem totalment o poder da mobilidade urbana e rural na conquista da cidadania, permanecendo reféns da desinformação e da doutrinação da mídia clientelista. Mas há alguns sobreviventes ainda com algum fôlego q precisam disseminar muito rapidament essas informações politicament manobradas por partidos inteiros envolvidos com oligopólios. Vamos unificar os movimentos: no Rio, nesse momento, lutamos contra a mudança d projeto do metrô da zona sul q o governo autorizou para garantir o monopólio na única cidade do país q tem todos os modais privatizados (não há regulação d tarifa por isso) e permite tb prevalecer o oligopólio rodoviário, financiador d governos há 50 anos.

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