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Ao longo dos anos, por meio de inúmeras estradas de ferro do Brasil, milhares de passageiros viajaram de trem pelos afastados pontos do território nacional. Na época, viagens longas e desconfortáveis, mas eficientes, seguras e baratas.
Atualmente, em outros países, as ferrovias se apresentam como um modelo rápido, eficaz e econômico para o transporte de pessoas e de diversos tipos de cargas. Em nosso país a falta de investimentos em infraestrutura, como centros de distribuição e logística e linhas ferroviárias, comprometem o crescimento da economia do Estado.
Essa lacuna remonta a anos de descaso e falta de investimentos no Estado. Reflete também, a falta de políticas nacionais para o setor ferroviário. Ficam as questões: por que não investir em modelos mais econômicos de transporte de cargas e passageiros, desenvolver setores estratégicos da economia no Estado e ainda reduzir a pressão sobre as rodovias?
Talvez pelo interesse egoísta, daninho e ganancioso das montadoras de veículos rodoviários, das concessionárias de rodovias, dos fabricantes e distribuidores de combustíveis, das fábricas de pneus e da “cegueira” de alguns políticos aliciados por lobistas.
Para ter uma ideia uma única composição de trem com 1700 metros pode transportar 6 mil toneladas, o que ocuparia 172 bi trens, que somariam 3,5 mil metros de rodovia quando paradas e 26 mil metros em movimento. “Um trem de 50 vagões retira de nossas exauridas estradas um volume de 120 caminhões, elevando a segurança e reduzindo o consumo de diesel em 70%”. (Solange Hette). Ou seja, diminuindo sensivelmente a poluição ambiental e diminuindo as estatísticas de acidentes. Há contestação para isso?
Num país com a extensão territorial do Brasil, com a malha ferroviária que já foi eficiente, porém deixada de lado e não ampliada resolveu-se adotar o rodoviarismo… Aí, pegam-se as ferrovias , privatizam a algumas companhias que sugam o máximo das mesmas, detonando com o patrimônio que é de todos nós.
E as ditas rodovias? Muitas estão privatizadas, por conta da ineficiência do mesmo Estado que adotou a modal rodoviária e por interesse dos lobistas acima citados.
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Um absurdo! Porém, já que se adotou essa modal o mínimo que o povo mereceria é as mesmas fossem eficientes, sem cobranças, não todas duplicadas, mas até quadruplicadas, como a BR-101. Feitos os desvios de cidades de portes, como Joinville, Camboriú, Itapema, Florianópolis, Palhoça. Basta um acidente e, são vários, para que uma viagem de Florianópolis a Curitiba (300 Km) leve mais de cinco horas. Frustrante, lamentável, contrassenso, descaso das autoridades há vários anos. Pois esse mesmos elegeram as rodovias como principal via de deslocamento.
E o nosso Paraná? Com a implantação do pedágio, provavelmente enriqueceu muita gente, elegeu, reelegeu governador e mantém o atual de braços cruzados. E o valor, com certeza, dá um lucro astronômico às concessionárias. Por que não discutir esses valores em três lados? Governo, concessionárias e usuários (que são os que arcam com o pesado fardo). Deveria todos os trechos ser duplicados. Digo todos, pois dinheiro há para isso, com certeza.
“E nosso governo estadual diz que está construindo a maior obra da nossa história”: 17 Km de pavimentação da PR-445 em Londrina. Com um custo de 17 milhões de reais. E paradoxalmente gasta 27 milhões na reforma do aeroporto, mas compra um novo avião por 17 milhões para uso do governo.
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Com o valor gasto na compra do avião, dava para comprar 3 locomotivas de 4000hp zeradas para a Ferroeste à um custo de US$ 3 milhões cada uma. (fonte do preço locomotiva: http://www.istoedinheiro.com.br).
Maquinista Clodoaldo.
Pena que a oposição é “míope” e a situação conivente. Lamentável.
Por: Dagoberto Waydzik http://www.hojecentrosul.com.br
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