O Rio Grande do Sul, que século atrás foi um Estado altamente beneficiado pelas linhas férreas que viabilizavam um eficiente sistema ferroviário da antiga VFRGS – Viação Ferroviária do Rio Grande do Sul, depois encampada pela Rede Ferroviária Federal S/A –, hoje se ressente do sistema ferroviário que tinha e que deveria ter se modernizado e ampliado, ao invés de extinto.
Foto: Claudio Arriens
Desativada sua malha ferroviária, de forma injustificável, ao invés de modernizá-la, desde sua bitola estreita ao tipo de trens e vagões etc., a exemplo do que aconteceu no mundo todo.
Agora mesmo, os mais que justificados e expressivos investimentos, modernização e ampliação da estrutura de embarque e desembarque do porto de Rio Grande exigem que também se viabilize um sistema mais eficiente e de mais baixo custo de transporte, das diversas regiões produtoras para o porto de Rio Grande. Alguns trechos para transporte de cargas estão sendo ou foram implantados, ou reimplantados.
Outros não, como os importantes centros industriais e agrícolas de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Farroupilha, produtores, exportadores, além do turismo, por exemplo. Por quê?
As indústrias metalmecânicas, moveleiras e vinícolas de Caxias do Sul, Carlos Barbosa, Bento Gonçalves e região, cidades turísticas que tiveram o trem, agora dependem exclusivamente do sistema rodoviário, congestionado, quando não esburacado e mais custoso que via ferrovias, para chegar ou para vir com suas cargas ou passageiros para todo o Brasil e Exterior via Porto de Rio Grande.
E o turismo de Gramado, Canela e outros? A maior parte da antiga linha ferroviária que cruzava o RS todo, embora desativada, continua possível de ser retomada, com toda a tecnologia moderna.
Vivi minha infância em Carlos Barbosa, defronte à Estação de Passageiros e Cargas da Viação Férrea. Logo, tendo ideia cedo da importância do trem, vendo os passageiros e turistas que à época demandavam para as localidades da Serra, servidas pelo trem.
Hoje, não um trem moderno, mas a maria-fumaça da época vai de Bento Gonçalves, Garibaldi e na entrada de Carlos Barbosa, sem chegar à estação no centro da cidade, que ficou escanteado quando, no passado, seus hotéis, restaurantes, lojas e comércio em geral eram frequentados pelos turistas e passageiros outros que chegavam de trem.
Poucos dias atrás, voltei a Bento Gonçalves e de trem passei por Garibaldi, cheguei à entrada de Carlos Barbosa, sem condições de rever o centro da cidade, visitar suas indústrias, como a Tramontina e a Santa Clara.
"Porto moderno sem ligação ferroviária eficiente não se encaixa"
Foto: Daniel de Andrade Simões
Lendo então, o noticiário dos investimentos no porto de Rio Grande, indaguei: e a produção da serra gaúcha, como chegará ao sistema portuário do Estado? Exclusivamente via rodoviária, a que custo, morosidade e problemas de estradas, todos de uma infraestrutura insuficiente e congestionada.
Tal colocação serve para a ida e vinda de insumos e produtos tanto do setor primário quanto do secundário e do terciário, com destaque para os turistas, passageiros tão procurados no mundo todo e para os quais todas as regiões de nosso Estado algo muito especial e valioso tem a oferecer.
Por: Victor José Faccioni - *Contabilista, economista e advogado*
Sociedade e políticos o remédio para o artigo citado acima é o apoio em massa ao projeto Ferrosul, abrace essa ideia, só assim o Sul do Brasil vai entrar nos trilhos do progresso.
"Não precisamos de homens que não sabem o que está acontecendo ou que vivem somente como meros espectadores, precisamos sim de homens que façam a diferença ou as coisas acontecerem".
Abraços Compas dos ####TRILHOS####.
Maquinista Clodoaldo
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