JK VISITA O BATALHÃO
O Exército brasileiro através do BATALHÃO FERROVIÁRIO e boa vontade de nossos Governantes poderiam reforçar as tropas e reforçar a mão-de-obra para a construção da Ferrovia Norte-Sul a bilionária ferrovia que planejada ligar o Brasil de norte à Sul. O Exército poderia fazer módulos de 50 quilômetros, o que permitirá construir vários ramais simultâneamente. Como ocorreu com a linha da Ferroeste, os militares seriam gestores da construção das linhas da Ferrovia Norte-Sul, a fim de concluir as obras o mais breve possível, com certeza essa empreitada deveria economizar bilhões e bilhões.
Maquinista Clodoaldo
MEDALHA DE 1954 DO 2º BATALHÃO FERROVIÁRIO
O Presidente
da República, Juscelino Kubitschek, visitaria o Batalhão, por ocasião da
chegada dos trilhos ao Rio das Pedras, sede da 2ª Companhia. A previsão era de
que ele percorreria o trecho já transitável da ferrovia , num trem operado pela companhia de exploração da via
permanente. O presidente viajaria no único vagão de passageiros confortável que
possuíamos..Normalmente os nossos trens eram de carga, utilizados para
transporte de material pesado para o abastecimento dos canteiros de obras
(combustíveis, trilhos, dormentes, brita, postes, cimento, tijolos, vergalhões
de aço, etc....), Se bem me lembro, o vagão de passageiros era azul claro..
Juscelino Kubitschek Caricatura de Pedro Bottino
Na
ocasião da visita, cuja data não me recordo, só havia um trecho da ferrovia,
até a ponta dos trilhos no quilometro 187, com problema: o corte do quilômetro
172, localizado a cerca de 300 metros da sede da 2ª Residência. Tratava-se de
um corte no qual eu havia colocado uma escavadeira, um compressor, marteletes,
uma pequena locomotiva e vagonetas, trabalhando na retirada de terra e grandes
pedras, além dos soldados abrindo valetas para drenagem de água.. O problema
era que a retirada da terra e das pedras para abertura do corte, onde ficaria o
leito da ferrovia, causara um desequilíbrio entre as massas de material
restantes de cada lado do corte e o leito. O peso das massas laterais restantes
da montanha rasgada , faziam com que o leito central subisse mais de um metro
por dia em relação ao nível previsto para a estrada. Durante o dia o leito era
colocado no nível. Na manhã seguinte o leito estava novamente estufado e acima do nível.
A chegada do trem pioneiro a Brasília, em 21 de abril de 1968 [Foto: Novas construções ferroviárias compensam os ramais erradicados, revista "Refesa", Nov-Dez 1968, p. 26.Acervo: José Emílio Buzelin (SPMT) / Pesquisa e digitalização: Chris R.]
Mesmo
com o leito instável, os trilhos que avançavam em direção à 2ª Companhia foram
assentados dentro do corte. A partir daí, todo dia os trilhos eram removidos
para retirada da terra do leito que havia subido, enquanto continuava o
desmonte de mais terra e pedras das massas laterais do corte, aliviando o peso
das mesmas.
O dia da
visita do Presidente finalmente chegou. Como o leito no interior do corte
continuava instável, horas antes do trem presidencial passar, o leito foi
nivelado e os trilhos recolocados. E aí toda a população da residência, ficou à
beira da estrada esperando o trem passar. Soldados, civis, mulheres, crianças,
todos torcendo para tudo dar certo.
Paredão em Herveira - Ferrovia Ferroeste foto de © Emerson Novalski en Panoramio
E o trem
passou. Foi tão rápido que não deu nem para ver o Presidente. Mas estavam todos
muito felizes, alegres e orgulhosos do trabalho que realizavam no Batalhão
Mauá.
Por: Waldimir Pirró e Longo Ten. Cel.
Texto publicado no livro “Causos, crônicas e outras...”,
Historietas Militares, Coleção Memória Militar volume 7.
OI,fui um dos Guardas do Pres. Juscelino e do Mal. Lott,naquela época.Eles foram de trem e nós os Guardas de caminhão p/chegar antes e fazer as honras militares.A comitiva dormiu em Taiti, e a janta tinha perdizes e codornas muitos comuns na época por lá.
ResponderExcluirA antiga BR 2 (hoje 116) estavam asfaltando.Para n[ós da equipe dos guardas foi uma grande honra servir um dos grandes Presidentes do nosso Brasil. CB.2027 Alfredo.