Limalha no Sangue.
Clodoaldo de Oliveira
sustentava um grande sonho, ser maquinista, os 40 anos, ele pode sentir-se
realizado, pois faz 15 anos que trabalha com aquilo que ama, ferrovias.
Foto arquivo pessoal.
Ele é morador de Ribeirão
Pires (SP), é pai de três filhos. Quando criança morava próximo ao terminal de
combustíveis de Araucária (PR). Ele conta que sempre ficava olhando os trens
passarem pela linha e dizia para si mesmo: “um dia vou dirigir um bichão
deste”. Arteiro, ele entrava no pátio para pegar carona nos trens que
manobravam: “mas não aconselho nenhum piá a fazer isso”.
Curvona do km 297 próximo a Estação de Rosaldo Leitão (PR). Foto Daniel K. Trevisan
A oportunidade de entrar na
ferrovia surgiu em 1997, quando a Superintendência regional 5 (SR5), da antiga
R.F.F.S.A, foi privatizada e arrendada pela Ferrovia Sul Atlântico, atual All.
A All abriu vagas para maquinista, e Clodoaldo começou como manobrador. Após
seis meses, passou a auxiliar de maquinista, fazendo os trechos de
Iguaçu-Curitiba à Uvaranas-Ponta Grossa, Rio Branco do Sul, Morretes e Rio
Negro (SC).
Da All Clodoaldo passou
para a MRS, e hoje exerce uma das funções mais complexas, que é conduzir o trem
de minério de ferro na serra cremalheira, operando locomotivas elétricas
Hitachi, a serem em breve substituídas pelas locomotivas Stadler. Todos os dias
ele percorre várias vezes os 8 km da forte rampa (a 10% de inclinação),
descendo de Paranapiacaba – Santo Andre (SP), à Raiz da Serra – Cubatão (SP),
em um percurso de 26 minutos, com velocidade média de 22 km/h; e voltando.
Locomotivas Stadler (Foto maquinista DuDu) e Hitachi(Foto Ênio Gomes da Silva) Futuro e Passado lado a lado.
Em relação a sua escala,
ele diz que hoje tudo é mais fácil. Ele trabalha em horário fixo e consegue
estar em casa todos os dias, ajudando a esposa e acompanhando os filhos na
escola, saindo para brincar e passear, bem diferente de quando viajava para
fora da sede e ficava até cinco dias fora de casa em pernoites da empresa.
Foto arquivo pessoal
“É um trabalho duro, ao
contrário do que muita gente deve pensar. Passar oito horas ou mais dentro de
uma cabine de locomotiva quente e barulhenta não é fácil. Mais mesmo assim
inexplicavelmente gosto muito de tudo isso. Deve ser a limalha nos sangue”.
Abraço as compas!!!
Maquinista Clodoaldo
Fonte: http://revistaferroviaria.com.br/ edição de out/nov de 2012
Parabéns Clodoaldo! Toda criança acalenta o sonho de ser maquinista. Mesmo aquelas que nunca viram um trem. Cresci neste meio pois Bauru foi um centro ferroviário importante. 4S! sorte sucesso saúde sossego!
ResponderExcluirVocë me emociona com sua História linda, sutil, feita de amor, sonho e perseverança. Vocë me lembra, sempre, a todo instante, o nosso Querido, nosso amado ser, nosso companhero #LULA. Muito grata por vocë existir, Clodoaldo, vocë e sua família sintam-se Abençoados.
ResponderExcluirTecnologia é tecnologia, mas eu acho as Locomotivas Hitachi de Paranapiacaba mais bonitas. Sei que Locomotivas Stadler Suiças vão aumentar a capacidade de carga transportada. Mas as Hitachi tem um aspecto de serem mais robusta no desenho e material de construção. As Suíças parece mais frágeis até nas chapas que cobrem a locomotiva.
ResponderExcluirabraco amigao boa sorte
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