segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A arte de liderar está mudando.

Conselhos a uma liderança emergente.

Ótimo conselho a toda Diretoria da Ferroeste!
Ser ferroviário é ter "limalha" no sangue.
A teoria lhe mostrará o caminho e a experiência lhe permitirá andar com passos firmes nesse caminho.



A arte de liderar está mudando. Buscar o sonho, acreditar nele, vivenciá-lo e concretizá-lo é o que norteará o comportamento do líder no século XXI. O líder é um visionário com habilidade para inspirar e fazer com que as pessoas internalizem e cultivem o sonho para torná-lo realidade.
No mundo real das instituições políticas, percebe-se um movimento de mudança. As figuras associadas ao passado, embora ainda atuantes e vivas, começam a dar lugar a uma nova geração, com um enfoque de atuação fortemente calcado em dois pontos: um traço de conservadorismo, no que diz respeito ao seu comportamento pessoal; e, uma dose de ética em níveis acima do que estamos acostumados a perceber na classe.
Do ponto de vista do conservadorismo, não se pode negar um conselho antigo dado aos governantes: Honre os seus parentes mais próximos com funções de prestígio  e entregue os empregos que conferem poder de fato, aos seus amigos mais dedicados. Criticada por muitos, esta, é uma das lógicas do poder conservador.
Para tanto, não deixe de considerar  que a melhor garantia do seu governo é a virtude de seus amigos, a boa vontade de seus concidadãos e a sua própria sabedoria. Com a ajuda desses recursos é que se pode adquirir o poder e conservá-lo. Nesse sentido, imite os homens cuja glória excita a sua emulação.
Por outro lado, do ponto de vista da ética, demonstre total respeito pela verdade, de modo que suas palavras inspirem mais confiança do que as juras dos homens comuns. Ofereça a regularidade da sua vida como  modelo e não esqueça que os costumes dos povos se formam a partir dos costumes dos homens que os governam.
Ao escolher quem deve encarregar-se de negócios que você não administra pessoalmente, nunca esqueça que você é quem arcará com a responsabilidade dos seus atos. Saiba distinguir os cortesãos que adulam com arte, daqueles que servem por devoção, para evitar dar mais crédito aos maus do que aos virtuosos.
Com efeito, considere os mais fiéis amigos, não aqueles que, apesar de exercerem suas funções com arrogância em função de seus interesses pessoais, aprovam todas as suas palavras e elogiam todas as suas ações, mas sim, os que censuram os seus erros.
Todavia, apesar da coragem ser um predicado dos líderes, o conselho astuto sempre é odioso e granjeia inimigos. Os seus efeitos são muito   perigosos  para o governante  e não menos arriscado para a República.
O seu principal defeito é causar trevas nos olhos do entendimento, levando a imaginar que se pode com artes  e enganos revolver o mundo a seu modo. Quem quis revolver o mundo todo perdeu e arruinou a parte que dele tinha à sua conta.
O governante, afeiçoado a estes conselhos priva do juízo na medida em que,  para   adquirir fama de sábio, lhe mandam executar as mesmas astúcias;  e, em lugar de   conselheiros, se acha rodeado de outras tantas raposas.   Afinal o que se deve buscar num conselho   é engenhosidade para inquirir,  juízo para julgar,  prudência para resolver e ânimo    para executar o que se determina.
Por fim, se quiser aprofundar os conhecimentos que convém aos governantes, junte experiência à teoria. A teoria lhe mostrará o caminho e a experiência lhe permitirá andar com passos firmes nesse caminho.

Por: Carlos Alberto Fernandes é economista e professor adjunto da UFRPE.

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