terça-feira, 31 de maio de 2011

Prosas&Versos / Textos&Trilhos.

Trem do Tempo

Ferro e aço
Tempo e espaço
Cidade e sertão
História e paixão 
A saudade sobre o trilho
Vida, estrada, maquinista
Soluça o velho estribilho
Da memória anarquista 
Que o vento ecoa, ressoa, 
Insiste e resiste
Reter o apito final
Perto do canavial
Na partida deste trem
Que o destino fez refém
É a última viagem
Vão demolir a estação
Toca o sino da igreja
A aldeia lacrimeja 
O açoite da emoção
Fez calar a estação 
Quando o sonho acordar
Gente triste irá sorrir
Trem em festa vai ligar
O Oiapoque ao Chuí...

Por: Paulo Peres

“Se eu fosse um trem”:

“Se eu fosse um trem, garanto que eu seria
um trem daqueles velhos trens de outrora! 
A uma estação eu nunca chegaria 
senão depois de ter passado a hora.

O melhor da estação está na espera 
do trem que vai chegar e que atrasou. 
Se eu fosse mesmo um trem (ah, quem me dera!) 
eu seria esse trem que não passou... 
Eu seria esse trem retardatário, 
cheio de lassidão, trem proletário, 
que o povo espera sempre na estação, 
Numa esperança sempre renovada 
de que esse trem lhe traga na chegada, 
um pouco de alegria ou de ilusão!”

Por: Padre Luiz Ximenes












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