sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Ferrovia é uma POESIA!


A Ferrovia é uma POESIA! BORDÃO do Mestre, Professor e Inspetor Celso Simões!

Trem de minério da MRS em Jeceaba - MG. Foto by Luiz H. Bassetti


O maior trem do mundo 

Carlos Drummond de Andrade 

(nascido em Itabira, MG - 1902-1987)




O maior trem do mundo 
Leva minha terra
Para a Alemanha
Leva minha terra 
Para o Canadá 
Leva minha terra 
Para o Japão

O maior trem do mundo
Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel 
Engatadas geminadas desembestadas 
Leva meu tempo, minha infância, minha vida
Triturada em 163 vagões de minério e destruição 
O maior trem do mundo 
Transporta a coisa mínima do mundo 
Meu coração itabirano 

Lá vai o trem maior do mundo 
Vai serpenteando, vai sumindo 
E um dia, eu sei não voltará 
Pois nem terra nem coração existem mais. 


Publicado em 1984 – Jornal “O Cometa Itabirano”

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

20 de outubro dia do Maquinista!!!

A ferrovia é uma poesia, por isso o dia do Maquinista é no mesmo dia do Poeta!!!

Parabéns a todos os meus companheiros de profissão, seja MRS, ABPF, ALL, VL!, CPTM, VALE, FTC, ECT...!!!! 
Orgulho de levar nas costas uma boa parte da economia desse país....


Hoje é dia de Homens e Mulheres de Ferro!
É dia de Maquinista Ferroviário.
Desejo à todos nós, Saúde, força, coragem, prosperidade, vida longa e muito amor pelo que é ser maquinista ferroviário.

Quem é, sempre será... é amor que contagia, é noites sem dormir, é fim de semana que se quer ter e nem sempre é possível, é vida que corre nas veias, misturado com minério e carga geral... é amor além das montanhas e ao nível do mar, é das meninas guerreiras e corajosas que resolveram mostrar que elas também podem ser, e brilhantemente têm mostrado isso.
Nas grandes composições, pequenas meninas e grandes maquinistas.
É bem bom. Para quem acha que é fácil...se achegue... venha ver!
Abraço à todos, de todas as épocas... do Vapor às de Grandes Tecnologias...
Grandes foram meus mestres nesta arte de conduzir pequenos e gigantescos trens de ferro.

Texto colado do Mestre Marcus Cordeiro e Maquinista Márcio Chagas